A Escalada Audaz da Fantasia


Um dia caí desamparado na realidade.
Mas levantei-me e ignorei a minha idade,
Subi, escalando os degraus da fantasia,
Ignorando o efeito da alheia hipocrisia.
Apesar das invejas desta minha subida,
Lá continuei rumo a um novo ideal de vida.

Mas a escalada nem sempre se deu a subir.
Falhei degraus, escorreguei e cheguei a cair.
Apesar dos recuos, compensei de seguida
Com novo impulso no recuperar da subida.
Nem sempre o progresso era efetivo e real,
Muitas vezes era ilusão ou perceção surreal.

Mais que subir matematicamente à força,
É preciso um otimismo que não se distorça,
Que não se desfigure e leve à resignação
De pensar que nunca haverá progressão.
Mais que chegar e desejar o topo do perfeito,
Preciso de continuar sem me sentir contrafeito.

Os degraus vão continuando a surgir ilimitados,
Permitindo-me a liberdade dos inconformados,
Aqueles que querem sempre subir mais e mais,
Sem se tornarem velhacos e isolarem dos demais.
Vou apoiando-me nos patamares que vou pisando,
Vou trepando esta vertente e a realidade imaginando.

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