Terra das Memórias Cruzadas

Pela Manhã.
As lembranças rasgadas
E obliteradas continuamente
Pelas ondas do oceano imemorial
Preenchem os vazios da saudade.
Os elementos eternos reavivados
Contrastam com a beleza dos adornos,
Da natureza que envolve os seres.
Este ambiente vive da água,
Do ar e da terra,
Cobertos de trajetos humanos.

Pela tarde.
O sal do mar tempera o seu génio.
O seu caracter revela-se em transparências
Amplificadas pela luz desta região,
No centro das importâncias relativas.
Aquele pinhal evasivo instalou-se nas gentes.
As sombras pintadas de verde
Protegem os tímidos e incentivam os audazes.
As dunas arejadas pela maresia
Criam palcos de exposição
A um sol que trata todos por igual.
O Liz é o ator dos múltiplos papeis,
Metamorfo dos tempos e da história.
O céu abre-se em melodia
Ritmada pela diversidade
Deste pequeno cosmos.

Pela noite.
Cai o sol afogado no horizonte,
Abraçado à lua ainda adormecida,
Enquanto cobre superficialmente,
Num último instante fugaz,
Tudo o que resta exposto à lembrança
Com raios que deixam saudade.
Assim se faz o ciclo
Contínuo de uma
Terra viva com memória.

Nota: Poema criado para o concurso "O Poeta da Saudade"

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